quinta-feira, dezembro 14, 2017

E agora, o que vão fazer com LULA? (parte II)

Uma semana atrás, no blog (05/12), comentava que só a Justiça poderia impedir a eleição de Lula. E lembrava as dificuldades que os juízes terão para condena-lo:

  "Só que condenar Lula sem provas, por meio de delatores e relatos suspeitos, está cada vez mais difícil. O povo é sábio e já percebeu a manobra. As pesquisas confirmam o sentimento que está na rua: Lula não tem conta no exterior como Cunha, Lula não comprou joias para a mulher como Cabral, Lula não tem um apartamento pra guardar 52 milhões de reais como Geddel, Lula não teve assessor correndo com uma mala de dinheiro como Rocha Loures......"


Por onde tem passado, Lula carrega uma multidão. E por mais que a mídia tente evitar, as fotos de sua caravana confirmam o crescente apoio popular (acima: fotografia.uol.com.br)

Entretanto, os que querem barrar a candidatura de Lula não estão parados. Para surpresa de muitos, ontem foi anunciado pelo TRF 4 a data do julgamento de Lula: 24 de janeiro. A celeridade do processo de Lula chamou a atenção até da mídia mais conservadora do país. Do que pude ler, o sentimento é de uma precipitação sem precedentes em relação a um processo tão emblemático. Nenhuma outra das 23 apelações da Lava Jato se deu com tanta "agilidade". A sessão ocorrerá 196 dias após a sentença de primeira instância.

Analistas políticos e advogados experientes demonstram preocupação quanto ao rito do mais importante processo que envolve o juiz Sérgio Moro. Argumentam que a média de outros julgamentos é de 96 dias. O processo de Lula levou 42 dias. E o que é mais grave, no TRF 4, o ritmo se manteve: enquanto os demais recursos têm levado, em média, 105 dias, no caso de Lula foram 54.

Por último, para que não pairem dúvidas. O tempo total das apelações, na média, é de 15,6 meses. A apelação mais lenta foi de um réu confesso, Pedro Corrêa, do PP, 23 meses. O processo de Lula, um ex-presidente da República, o que por si só exige atenção redobrada no julgamento, vai se dar em apenas seis meses.  

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