quarta-feira, abril 11, 2018

Para onde vamos (parte II)

Em 2007, quando criamos o Instituto IDEAL, quase nada havia de energia solar fotovoltaica no país. Nenhuma legislação que incentivasse o uso da energia solar, pouco conhecimento e zero de investimento. Era mais um sonho do que um projeto. Na semana passada, no leilão promovido pela CCEE, a energia solar foi o grande destaque: mais de 800 MW e 5 bilhões de reais em investimento.

No comentário de ontem, não foi por acaso que tracei um paralelo entre o caminho percorrido pela energia solar nessa década e o desafio da mobilidade elétrica que está chegando. Mais uma vez nos cabe identificar gargalos e vencer obstáculos. Exatamente como fizemos com a energia solar: incorporando conhecimento, buscando aliados, contribuindo para a aprovação de uma legislação adequada. São esses os passos que precisamos dar para viabilizar a chegada de carros e ônibus elétricos.

Para muitos especialistas, a mobilidade elétrica é um caminho sem volta. Nos próximos 20 anos, muita coisa vai acontecer.  Num país sem a cultura do planejamento a médio e longo  prazo, o alerta está dado. Na próxima década, parceria e fusões entre grandes montadoras vão acontecer. Os custos vão cair e os carros que estarão disponíveis no mercado serão elétricos. São eles que estarão presentes nas grandes feiras, incorporando inovação tecnológica e curiosidade  no consumidor. Quem viver verá.

PS - Não é por acaso que a Noruega, país modelo de qualidade de vida no mundo, optou pelo carro elétrico. Embora esteja na lista dos maiores produtores de petróleo, sua principal renda, é o país que -proporcionalmente - lidera o ranking de carros elétricos comercializados no planeta. Em 2017, 21% dos carros vendidos na Noruega eram movidos por eletricidade. 

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